Mudanças no sistema de verificação de fatos
A Meta, agora, aposta em “notas de comunidade”. A controladora de Facebook, Whatsapp e Instagram anunciou, nesta terça-feira (7), o fim do seu programa de checagem de fatos, substituindo-o por “notas de comunidade”, sistema em que os usuários adicionam correções a postagens, semelhante ao modelo do X, plataforma de Elon Musk. Essa decisão, entretanto, contém um teor político significativo.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, justificou a mudança ao afirmar que verificadores têm sido politicamente tendenciosos, o que, por sua vez, tem gerado desconfiança. Em um vídeo no Instagram, ele anunciou também uma parceria com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para pressionar governos acusados de censura, citando, ainda, críticas à Europa e à América Latina, onde mencionou “tribunais secretos”.
Destaques das mudanças (Meta aposta em notas de comunidade)
Entre as principais mudanças anunciadas, destacam-se:
- A extinção de parcerias de verificação de fatos;
- Correções feitas pelos próprios usuários em casos de baixa gravidade;
- O foco em moderar conteúdos ilegais e de alta severidade;
- A reintrodução de conteúdos políticos no feed de recomendações.
Além disso, as equipes de moderação serão transferidas para o Texas, o que, segundo Zuckerberg, reforçará a confiança dos usuários.
Reações e impacto (Meta aposta em notas de comunidade)
O anúncio, no entanto, gerou reações diversas. Por um lado, Trump e Elon Musk celebraram a decisão. Por outro, críticos destacaram possíveis impactos negativos na luta contra a desinformação. No Brasil, por exemplo, o governo interpretou a medida como um ataque indireto ao STF, que, até então, já havia ordenado a remoção de conteúdos falsos ou antidemocráticos.
Zuckerberg, por sua vez, afirmou que a Meta inicia uma “nova era”, enfatizando maior liberdade de expressão e menos restrições. Ademais, a medida reforça a aproximação com o futuro governo Trump, simbolizada por iniciativas conjuntas e pela presença de aliados do republicano no conselho da empresa.
Opinião
Embora a ação pareça inofensiva, ela, na verdade, constitui um dos maiores atos políticos dos últimos tempos. Isso porque a Meta possui controle sobre um grande número de redes sociais e, ao se posicionar dessa maneira nas vésperas da posse de Trump, declara apoio claro ao novo governo norte-americano. Em um mundo já repleto de tensões, como isso impactará a geopolítica? Em resumo, é uma resposta que só virá com o tempo.
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